terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Sem aviso

com aquela mesma caneta bic,
aquela de tinta roxa
que deixou marcas que não existem mais
escrevi meu nome no teu corpo
uma, duas, três, sete vezes
e outras tantas mais

com aquela mesma caneta bic,
aquela de tinta roxa
deixei você me marcar seu nome
uma, duas, três, sete vezes
e outras tantas mais

incontáveis, sobrepostos
os nomes, o suor, a tinta, o desejo
um borrão roxo, único
e que se foi todo pelo ralo

como sempre, como nunca

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