Se um dia me perguntarem o que aprendi com XXXXXXX XXXXXXX, eu vou dizer que ela é uma mulher de múltiplos talentos e qualidades, que me ensinou coisas da política, da literatura e da vida... mas que o principal e inesquecível conselho foi: "deixa a água sanitária trabalhar".
Porque XXXXXXX XXXXXXX é uma mulher prática, objetiva. Tudo que recomenda - na política, na literatura, na vida - tem o espírito desse conselho breve e definitivo sobre a limpeza do banheiro. Porque ela tem muito a conquistar para perder tempo com procedimentos detalhados, com textos que não tirem o fôlego, com ideologias impraticáveis.
Conheci XXXXXXX XXXXXXX há muito mais tempo que meu encantamento, razoavelmente recente. A vida nos apresentou muitas vezes - como se fôssemos meros figurantes da história um do outro. Aos poucos, no entanto, o sorriso virou simpatia, que virou conversa. A conversa virou intimidade, que se tornou confidência. Das confidências, um convite. Do convite, um vinho, dois, três. Um beijo, uma dança, uma taça quebrada interrompendo o transe.
Talvez você se pergunte porque falo assim e agora de XXXXXXX XXXXXXX, é justo perguntar. Acontece que ela é exigente, enfática. E é muito difícil negar o que pede, especialmente porque não parece pedido. Parece urgência, ordem. E ela disse que não queria ser um número em meio a muitos outros, queria ser nome, queria ser única.
De forma única, então, aqui estou a dizer o que aprendi com XXXXXXX XXXXXXX. Aprendi que a paixão à centésima vista tem o gosto delicioso de ouvi-la ler Lobo Antunes enquanto lhe dou o beijo mais profundo. Nada nunca será usual com uma mulher única. Mesmo que seja a cento e quarenta e dois numa lista que pouco importa después do sabor que senti dentro dela.
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