quinta-feira, 16 de julho de 2009

Passado, presente, etc

A gente tem tanta gavetas fechadas que até esquece de algumas. Abri uma delas hoje, por acaso, os meus emails enviados. Fuçando, parei em um que escrevi para uma moça (não interessa dizer) pouco antes de vir morar em Joinville. Entendi melhor porque estou aqui. E vi semelhanças nos momentos. Vou até reproduzir, porque gostei do tom.

Você já tinha me falado da teoria das malas prontas e dos móveis não-comprados.
Realmente se encaixa um pouco no que eu queria dizer quando falava em "se desfazer das coisas".
Eu até tenho comprado coisas... sou o feliz proprietário de um microondas, um fogão e uma cama box (vc sabe), mas tenho certeza de que não é isso que vai me prender a algum lugar.
O que eu achava que ia me prender era a relação com ela e eu a destruí da pior forma possível justamente por acreditar que seria pior mais tarde.
Agora essa história mal resolvida é o que mais me impulsiona a sair daqui.

Mesmo assim, não é isso que me agonia. O que me agonia é que perco o tesão pelas coisas muito rapidamente. Foi assim no curso do Estadão, foi com ela, está sendo aqui no jornal.
Parece que eu vou precisar de tornados regulares que me levem pra longe de tudo.

Aqueles textos tem a ver com isso... com estar no meio da rua, de braços abertos esperando o tornado passar. Antes do ônibus, de preferência.

Talvez seja somente porque eu acabei de descobrir que não sou peter pan, mas continuo correndo atrás da fada sininho.

Acho que eu estava mesmo precisando dessas férias... preciso saber o que fazer depois delas...

4 comentários:

  1. agora entendo mais pq a gente acaba ficando por ultimo no fritz e vai para no magrão comendo um X qq coisa.

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  2. Eu poderia passar a tarde inteira aqui...
    Lindos os seus pensamentos, garotinho.

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  3. Oi, Upiara!
    Adorei o seu texto, mas penso que o termo descendente foi confundido com ascendente na frase "Ele carregava o nome sem ter qualquer descendência especial". Descendentes são os filhos, ascendentes são os pais. Se ele não tinha pais nobres, então não tinha ascendência especial.
    Parece boabagem ou preciosismo (sou chata mesmo com as coisas da língua), mas a banca de examinadores também pode ter se incomodado.

    Dica: mande o texto de novo (ótimo), com a correção.

    Boa sorte, estou torcendo!!

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