segunda-feira, 23 de novembro de 2009

As frases e a interinidade

Escolher as frases foi uma das coisas mais divertidas durante os 22 dias em que cobri Cláudio Prisco em sua coluna diária de política no jornal A Notícia. E olha que não foram poucas as coisas divertidas durante a interinidade. Pra registrar, coloco abaixo as 21 frases que foram publicadas. Um dia eu esqueci (acontece).

Na prática, acabei descobrindo que o pessoal de direita é muito melhor frasista que o de esquerda.

Seguem, em ordem de publicação.

Todo “otimista é um mal informado.
PAULO FRANCIS, jornalista e escritor.

O Brasil está como uma sopa na geladeira. Formou-se uma camada de gordura por cima que a torna intragável
LEONEL BRIZOLA, ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.

A impunidade gera a audácia dos maus.
CARLOS LACERDA, jornalista e ex-governador do Estado da Guanabara.

A internet fez mais pela democracia que qualquer pretenso revolucionário.
FERNANDO GABEIRA (PV), deputado federal e ex-revolucionário.

No ministério tem gente capaz, o problema é que a maioria é capaz de qualquer coisa.
GETÚLIO VARGAS, ex-presidente da República (a frase na verdade é o Barão de Itararé e foi creditada de forma errada).

A senhora tem ideias boas e ideias novas. Pena que as boas não sejam novas e as novas não sejam boas.
ROBERTO CAMPOS, ex-ministro e ex-deputado, em debate com a economista Maria da Conceição Tavares.

Intimidade gera filhos ou aborrecimentos.
JÂNIO QUADROS, ex-presidente, em resposta a uma repórter que o chamou de “você”.

O político de carreira é aquele que faz de cada solução um problema.
WOODY ALLEN, cineasta americano.

O Brasil não precisa apenas de um choque fiscal. Precisa, também, de um choque de capitalismo, um choque de livre iniciativa, sujeita a riscos e não apenas a prêmios.
MÁRIO COVAS, ex-senador e ex-governador de São Paulo, quando disputou a presidência pelo PSDB, em 1989.

A diferença entre uma“ democracia e uma ditadura consiste em que numa democracia se pode votar antes de obedecer as ordens.
CHARLES BUKOWSKI, escritor americano, morto em 1994.

De onde menos se espera, daí é que não sai nada.
APARÍCIO TORELLY, humorista conhecido como Barão de Itararé.

Autodidata é um ignorante por conta própria.
MÁRIO QUINTANA, escritor gaúcho, morto em 1994.

Sou um comunista revolucionário, por favor!
LUIZ CARLOS PRESTES, em 1989, ao ser chamado de “líder socialista”.

Um governo forte se faz perdoando.
JUSCELINO KUBITSCHEK, presidente da República entre 1956 e 1971, morto em 1976.

No dia em que voltar a ser candidato, pode me colocar em uma camisa-de-força.
ANTONIO ERMÍRIO DE MORAIS, empresário, relembrando a disputa pelo governo paulista em 1986. Ele fi cou em segundo lugar, atrás de Orestes Quércia.

A esquerda é boa para duas coisas: organizar manifestações de rua e desorganizar a economia.
HUMBERTO CASTELLO BRANCO, primeiro presidente do regime militar iniciado em 1964.

Toda coerência é, no mínimo, suspeita.
NELSON RODRIGUES, jornalista e dramaturgo.

A gente só diz sim ou não no casamento e, ainda assim, às vezes erra.
ITAMAR FRANCO, ex-presidente da República.

Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou.
MAGALHÃES PINTO, ex-governador de Minas Gerais, morto em 1996.

A esquerda tem o velho hábito de só ler aqueles livros que já concordam com as ideias que ela tem.
CAETANO VELOSO, cantor e compositor.

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